segunda-feira, 26 de maio de 2008

FATORES QUE INFLUENCIAM NA EFICIÊNCIA ENZIMÁTICA

Existem alguns fatores que influenciam na velocidade de reação de uma enzima.

São eles: Temperatura, pH, concentração do substrato ou a concentração da enzima.

Vimos esses 4 fatores em sala onde eu dizia que existem, para eles, gráficos clássicos. Vamos por partes, mamíferos.


1) No caso da temperatura, cada enzima trabalha numa temperatura ótima, cuja máxima eficiência da enzima é chamada de ponto ótimo. É nesse ponto que a enzima trabalha melhor. Porém, se passar desse ponto, a enzima se desnatura, perde sua estrturua e com ela sua função. O mesmo acontece com o pH. Existe um pH ótimo para o trabalho das enzimas. Basta dizer que, na aula, falamos que enzimas que trabalham na boca (cujo pH é neutro) quando chegam ao estômago, por serem engolidas (cujo pH é ácido) deixam de trabalhar e perdem sua função. O gráfico para essas duas variáveis, isto é, temperatura e pH, é o mesmo. Abaixo, um gráfico de "velocidade de reação x pH".




2) Tanto a concentração da enzima e do substrato, possuem gráficos similares. O que é importante saber é que são gráficos onde a velocidade da reação vai aumentando até se estagnar. O que o gráfico, de fato, nos mostra? A resposta é simples! À medida que temos mais concentração de substrato para as enzimas reagirem, mais rápido acontece a reação. E o inverso também é verdadeiro. Muitas enzimas agindo sobre muitos substratos disponíveis fazem com que a velocidade da reação aumente até que todas as enzimas estejam "ocupadas trabalhando". Depois desse ponto, não há mais como aumentar a velocidade de reação, pois todas enzimas, como eu disse, estão trabalhando na máxima eficiência. O gráfico, então, mantém-se constante. Discutimos e exemplificamos com desenhos no quadro. Olha só.



Aí, chega a UERj no vestibular do ano passado e coloca a seguinte questão:


E aí, quem lembra? Quem comenta?

Beijos.

PROTEÍNAS

Amigos,

Finalmente, arrumei tempo para postar a nossa aula de proteínas aqui. Lembram-se de algo? Bem, vou refrescar a memória de vocês.

Logo no início da aula, fiz questão em mostrar para todos que as proteínas são macromoléculas formadas por estruturas chamadas de aminoácidos. E aminoácidos, como dito em aula, são moléculas construídas por um radical AMINO (-NH2), outro radical ÁCIDO, no caso, um ácido carboxílico (-COOH) e um radical específico (R). Há cerca de 20 aminoácidos existentes e estes são classificados em:

- Naturais: Quando produzidos, naturalmente, pelo corpo.

- Essenciais: Quando nosso corpo não possui a capacidade de produzí-los e, portanto, precisamos obtê-los diretamente da alimentação.

Abaixo, temos um esquema que mostra a estrutura de um aminoácido

Visto isso, viemos que as proteínas são produzidas sempre da mesma forma, isto é, um radical amino de um aminoácido se une ao radical ácido de outro aminóácido. Essa união, gera uma ligação peptídica atráves de uma reação de desidratação (perda de água). Observe o esquema:

Dessa maneira, é de se esperar que muitos autores chamem as proteínas de POLIPEPTÍDEOS.

Partindo do conceito de que os diversos tipos de aminoácidos possuem cargas diferentes, vimos também que dependendo da sequência de aminoácidos com os quais as proteínas são produzidas, teremos atrações entre eles. Isto acarretará diferentes disposições entre as proteínas. Lembrando:

Estrutura primária:
Representada somente pela sequência linear dos aminoácidos. Ex. Insulina

Estrutura secundária:
Fio protéico enovelado em torno do seu próprio eixo, por meio de ligações de hidrogênio, formando uma estrutura helicoidal, ou seja, em forma de hélice. Ex: Colágeno e queratina

Estrutura terciária:
O fio protéico helicoidal forma voltas em torno de si, gerando uma estrutura globular, garantida por pontes de enxofre. Ex: Mioglobina

Estrutura quaternária:
Resultado da união de duas ou mais estruturas terciárias. Ex: Hemoglobina

A imagem abaixo resume os conceitos.


É importante lembrar que cada proteína, seja ela classificada como primária, secundária, terciária ou quaternária, só será funcional se estiver sempre dentro da sua classificação quanto a forma. Portanto, a hemoglobina só será efetiva em transportar o oxigênio se, e somente se, estiver em sua estrutura quaternária. Após isso, vimos que as proteínas são utilizadas para uma série de funções em nosso organismos: transporte, defesa, estrutural, contração e movimentação celular, coagulação sangüínea e função de catálise.


Quando chegamos neste ponto, demos ênfase ao que chamamos de proteína de catálise, isto é, uma proteína que acelera as reações químicas do nosso corpo. Esse tipo de proteína chama-se ENZIMA.


As enzimas possuem propriedades bastante específicas e só funcionam em ambiente próprio. Vimos que uma enzima que degrada sacarose, por exemplo, só poderá degradar sacarose devido a sua especificidade. Nunca poderá degradar proteínas, lipídios ou qualquer tipo de molécula. A essa propriedade chamamos de "Chave-Fechadura", e tudo aquilo sobre o qual a enzima irá reagir é chamado de SUBSTRATO. A região da enzima onde o substrato se liga é conhecida como CENTRO ou SÍTIO ATIVO. Então, no caso do nosso exemplo com a enzima que reage sobre a sacarose, o substrato é, sem dúvida, a própria sacarose.


Em termos de "ambiente de trabalho", as enzimas são também específicas e obedecem a uma temperatura e pH (medida de acidez do meio). Isso mostra que enzimas trabalham melhor em certas temperaturas e também em certos níveis de acidez. Passando desses níveis, a enzima (lembre-se que toda enzima é uma proteína, porém, nem toda proteína é uma enzima) tende a se
desnaturar
(atentem para esse termo) e perder sua conformação, fazendo como que sua função também se perca, tornando-se ineficiente.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

COLESTEROL - TEMA POLÊMICO

Lembram-se da aula sobre colesterol? Das nossas discussões? Só existe, de fato, um tipo de colesterol. As células precisam dele para reparar membranas e produzir substâncias importantes do nosso organismo. O que devemos saber, e de fato salientamos isso bem nas nossas aulas, é que existem CARREADORES desse colesterol. Um que é mais efetivo em fazer essa função (HDL) e outro que também a faz, porém, deixando parte desse colesterol escapar para o sangue circulante (LDL).

Achei esses vídeos no YOUTUBE e os coloquei aqui. O que vocês acham? Esse primeiro vídeo fala do conhecimento popular sobre o bom e o mau colesterol.





Já abaixo, temos um vídeo retirado da National Geographic Channel que mostra a deposição de colesterol em um vaso sanguíneo. Notem que as partículas em verde estão representando o HDL e as partículas em amarelo estão representando as moléculas de LDL. O vídeo ainda apresenta as células de defesa do nosso corpo (leucócitos ou glóbulos brancos) atacando a placa de gordura (colesterol), como se a mesma fosse um corpo estranho. Este ataque provoca inflamação no vaso e pode acarretar futuros problemas de circulação. Cabe dizer que o vídeo está em espanhol mas dá para entender sem dificuldades.





Comentem!

domingo, 4 de maio de 2008

FOLHA DE EXERCÍCIOS

Amigos,

Como disse, estou postando a folha de exercícios que dei na última aula. Lembrem-se que fizemos a questão 1 e a questão 6. Para visualizar melhor, basta clicar e aumentar a folha. O gabarito está colocado em ordem de questões. Beijos à todos.



GABARITO

1) Ser mais gordo significa possuir mais tecido adiposo, que é isolante térmico, favorecendo sua sobrevivência em regiões com temperaturas muito baixas como as que ocorrem em seu habitat. O maior volume implica na redução da relação superfície/volume de seu corpo. Com uma superfície relativa menor exposta ao frio, menor será sua perda de calor (para o ambiente), importante em regiões de frio extremo.

2) A secreção de insulina pelo pâncreas ocorre em resposta ao aumento da glicemia. Como a dieta não contém carboidratos, não ocorre elevação da glicemia, portanto, não há acúmulo de reservas lipídicas no tecido adiposo. Lembrem-se, minha gente, que quando ingerimos carboidratos, o excesso deles é colocado para dentro das células hepáticas e musculares pela ação do hormônio insulina. Essa parcela no interior do fígado e do músculo é transformada em gilcogênio, polissacarídeo que será estocado como reserva. Porém, existe um limite para estocagem de glicogênio. Se ainda houver mais açúcar no sangue e as reservas de glicogênio estiverem completas, o corpo transforma esse restante em GORDURA, sendo estocado no tecido adiposo.

3) O animal é endotérmico. A tabela mostra que em temperaturas mais baixas o consumo de oxigênio é maior do que em temperaturas mais altas. Logo, houve aumento da taxa de metabolismo, liberando mais energia e calor para compensar a perda para o ambiente. Os animais ectotérmicos não regulam sua temperatura interna. Questãozinha essa comentada em sala de aula, logo na primeira aula sobre água.

4) A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, estimula a glicogenogênese e glicólise.

5) A insulina promove a diminuição da taxa de glicose circulante no sangue.

6) Letra B. Questão comentada em sala de aula.